Lygia Fagundes Telles morreu no domingo em sua casa em São Paulo, aos 98 anos. Lygia foi a terceira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras (ABL). Em 1985, tornou-se imortal da Academia Brasileira de Letras e, em 2005, recebeu, pelo conjunto de suas obras, a consagração máxima para um autor da Língua Portuguesa, o Prêmio Camões. Eu sou uma jogadora. Meu pai era um jogador. Ele jogava com as fichas, eu jogo com as palavras. Eu acho que nós temos de arriscar, o tempo todo, até a morte. Então, arrisco e acho válido. É uma forma de transpor o círculo de giz, a fronteira. Isto, para o escritor, é sempre uma esperança. — Lygia Fagundes Telles [1] Lygia Fagundes Telles em capa da Revista "Cadernos de Literatura Brasileira" Manifesto dos Intelectuais - 1977 Durante a ditadura militar, Lygia Fagundes Telles, junto a outros colegas, liderou a elaboração de um abaixo-assinado de mais de mil signatários contra a censura. Trata
Mia Couto — António Emílio Leite Couto — é um biólogo, jornalista e escritor de Moçambique, membro correspondente da Academia Brasileira de Letras . Ele destaca-se tanto na prosa como na poesia e já coleciona uma série de prêmios literários, entre eles o Prêmio Camões de 2013 e o Neustadt International Prize de 2014. Um dos juris do Prêmio Camões (Lusa J. C. Vasconcelos) justificou a escolha de Mia Couto da seguinte forma: Ao longo de 30 anos de publicação, ele construiu uma vasta obra ficcional caracterizada pela inovação estilística e profunda humanidade, o que tem sabido renovar na sua produção — Lusa J. C. Vasconcelos O seu primeiro romance Terra sonâmbula (2007) foi considerado um dos doze melhores livros africanos do século XX por um júri especial criado pela Feira do Livro do Zimbábue. Este já foi adicionado à minha Meta de Leituras. Mia Couto ao lado de nomes como Chimamanda Adichie e Ondjaki fazem parte de uma nova geração de escritores africanos com a