Lygia Fagundes Telles morreu no domingo em sua casa em São Paulo, aos 98 anos. Lygia foi a terceira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras (ABL). Em 1985, tornou-se imortal da Academia Brasileira de Letras e, em 2005, recebeu, pelo conjunto de suas obras, a consagração máxima para um autor da Língua Portuguesa, o Prêmio Camões. Eu sou uma jogadora. Meu pai era um jogador. Ele jogava com as fichas, eu jogo com as palavras. Eu acho que nós temos de arriscar, o tempo todo, até a morte. Então, arrisco e acho válido. É uma forma de transpor o círculo de giz, a fronteira. Isto, para o escritor, é sempre uma esperança. — Lygia Fagundes Telles [1] Lygia Fagundes Telles em capa da Revista "Cadernos de Literatura Brasileira" Manifesto dos Intelectuais - 1977 Durante a ditadura militar, Lygia Fagundes Telles, junto a outros colegas, liderou a elaboração de um abaixo-assinado de mais de mil signatários contra a censura. Trata
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Monteiro Lobato |
Monteiro Lobato foi preso por Getúlio Vargas em 1941, durante a ditadura do Estado Novo.
Em Janeiro de 1935, Monteiro Lobato escreveu uma carta endereçada ao próprio Getúlio Vargas denunciando o Conselho Nacional de Petróleo de agir em favor de interesses estrangeiros.
O assunto é extremamente sério e faz jus ao exame sereno do Presidente da República, pois que as nossas melhores jazidas de minérios já caíram em mãos estrangeiras e no passo em que as coisas vão o mesmo se dará com as terras potencialmente petrolíferas. E já hoje ninguém poderá negar isso visto que tenho uma carta em que o chefe dos serviços geológicos da Standard ingenuamente confessa tudo, e declara que a intenção dessa companhia é manter o Brasil em estado de "escravização petrolífera". (Monteiro Lobato)
Trecho da carta endereçada a Getúlio Vargas.
O Delegado Adjunto de Investigações de Ordem Política de São Paulo, Rui Tavares Monteiro, fez um relatório sobre o caso afirmando que Monteiro Lobato injuriou o presidente Vargas e procurou desmoralizar o Conselho de Petróleo. Lobato foi então condenado a seis meses de prisão, abonado posteriormente por um indulto de Getúlio Vargas. O escritor ganhou a liberdade após três meses, mas a imprensa foi proibida de noticiar o fato.
“Depois que me vi condenado a seis meses de prisão, e posto numa cadeia de assassinos e ladrões só porque teimei demais em dar petróleo à minha terra, morri um bom pedaço na alma… O pior foi a incoercível sensação de repugnância que desde então passei a sentir sempre que leio ou ouço a expressão ‘Governo Brasileiro’…”(Monteiro Lobato)
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A Prisão de Monteiro Lobato - OAB
A Historia de Monteiro Lobato e o petroleo brasileiro.
Monteiro Lobato - Um escritor rebelde
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