Lygia Fagundes Telles morreu no domingo em sua casa em São Paulo, aos 98 anos. Lygia foi a terceira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras (ABL). Em 1985, tornou-se imortal da Academia Brasileira de Letras e, em 2005, recebeu, pelo conjunto de suas obras, a consagração máxima para um autor da Língua Portuguesa, o Prêmio Camões. Eu sou uma jogadora. Meu pai era um jogador. Ele jogava com as fichas, eu jogo com as palavras. Eu acho que nós temos de arriscar, o tempo todo, até a morte. Então, arrisco e acho válido. É uma forma de transpor o círculo de giz, a fronteira. Isto, para o escritor, é sempre uma esperança. — Lygia Fagundes Telles [1] Lygia Fagundes Telles em capa da Revista "Cadernos de Literatura Brasileira" Manifesto dos Intelectuais - 1977 Durante a ditadura militar, Lygia Fagundes Telles, junto a outros colegas, liderou a elaboração de um abaixo-assinado de mais de mil signatários contra a censura. Trata
Quando essa boca disser o seu nome venha voando Mesmo que a boca só diga seu nome de vez em quando Posso enxergar no seu rosto um dia tão claro e luminoso Quero provar desse gosto ainda tão raro e misterioso... Do Amor Quero que você me dê o que tiver de bom pra dar Ficar junto de você é como ouvir o som do mar Se você não vem me amar a maré cheia amor Ter você é ver o sol deitado na areia Quanto quiser entrar e encontrar o trinco trancado Saiba que meu coração é um barraco de zinco todo cuidado Não traga tempestade depois que o sol se por Nem venha com piedade porque piedade não é amor Ouça também ... Outra vez Falando de amor As rosas não falam Suíte do pescador